VITRIOLUM/VIAGEM 3 …continuação…

Zombavam assim do mentor, que ao oferecer o prêmio, os tratara como se fossem ainda crianças que precisavam de incentivo, para experimentar na prática, o que já conheciam na teoria.  E assim o fizera, na certa, porque eles haviam inventado aquela dos gatinhos, com o Leandro. Ouviram a gargalhada do mentor dizendo : – Seus debochados ! .
Resolveram nadar na lagoa . Julinha chegou na frente, cada qual numa pedra e pediram às maquinas nutrizes que trouxessem comida. Pouco depois eslas chegaram, voando e cada uma pousou em frente a um deles.
A comida era semelhante em aspecto, linda de se ver, mas sua composição diferente, de acordo com as necessidades de cada organismo, mais in para as moças, mais iang para os rapazes, com pequenas diferenças individuais. Como eles precisavam dormir não foi servido nenhum alimeto estimulante e sim os que acalmam e favorecem o repouso. Quando terminaram pediram uma maquina voadora que os transportou até o jardim onde haviam brincado naquela manhã.
Se despediram e cada qual rumou para o seu quarto, situado em construção subterrânea e portanto, sem o menor ruido. Esses quartos eram decorados segundo o gosto deles. Em geral eles materializavam coisas que haviam visto no passado ou algum planeta. Costumavam materializar copias de obras de arte vistas nos museus, pedras, conchas … mas havia alguns que preferiam criar escultuas, decorações ou pinturas, inventando obras de arte originais.
Os quartos eram portanto cheios de coisas. Frequentemente um deles convidava os colegas para apreciarem uma novidade.
Os  outros eram criticos severos e muitas vezes um dos artistas desapontado desmaterializava uma criação que os colegas haviam rejeitado. Quando o quarto ficava muito cheio eles diminuiam alguns objetos até ficarem do tamanho de um bago de uva, que  guardavam em caixinhas de fino lavor, nas prateleiras das paredes. Assim não havia problema de espaço porque eles conheciam a arte de crescer ou diminuir o tamanho das coisas.
…continua…
 

Sobre Umberto Seraphini

Caminho como um lobo solitário, se me dou, é porque encontro em ti um lobo igual.
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