O AMOR DOS ILUMINADOS.

                               
                                                                                                                                            
 
   Ele e Ela chegaram na parte alta daquela riba de onde o rio caía em cachoeira. Ela foi pulando pelas pedras. Ele atrás. Ele a beijou quando Ela apoiou-se em seus braços.
   – Aqui esta bom de fazermos nosso ninho – disse Ela. com palavras da mente.
   Ele perguntou na mesma telepatia :
   – Em cimA desta pedra…
   Ela transmitiu para Ele o desenho de uma escada feita de material semelhante às aguas marinhas. A escada começava ali, na pedra do rio e ia subindo até uma casa que se apoiava naquela pedra e na margem. Quarto, sala de banho, um terraço. Ochçao era de material igual à ágata, em tom amarelado. Sobre esse chão eles colocaram paredes forradas de cetim branco e teto de porcelana. À medida que iam imaginando a casa iam dizendo com a boca do rosto o nome de cada coisa e esta se materializava.
   Ela disse em pensamento : – Voce faz o quarto de banho, eu decoro o quarto de dormir e o terraço. – Então ela foi materializando quadros e esculturas, dois grandes coxins, cobertas adamascadas sobre lençóis de cambraia bordados de crivo.
   Ele fez a banheira, os encanamentos, as bombas, os aparelhos de aquecimento. Depois criou os campos de força para iluminar a agua. Quando terminou de criar ele desejou que a tunica que ela vestia desaparecesse. Ela ficou nuinha.
   E disse : – Oh !
   Ele disse : – Ah !
   Ambos riram. Ela imaginou uma capa até o chão. Bem apertada, cobrindo ele e tolhendo os movimentos. A capa apareceu contendo o abraço que ele estava armando. Ele disse :
   – Ui !
   Ela subiu correndo pela escada e entrou em casa. Ele mandou qua a capa se desmanchasse juntamente com suas roupas e pouco depois. tambem nuinho subiu atrás dela.
   Foi encotra-la examinado o quarto de banho criado por ele.
   – Gosta…
   – Lindo.
   – Lindo  é seu corpo nuzinho e seus cabelos soltos. Lindo é seu pescoço, lindos são seus peitos, lindinha é voce todinha, todinha.
   Ela riu e ele cheirou os cabelos dela, a nuca, a barriga.
   – Voce cheira a rosa.
    Ela pegou a mão dele e foi mostrando os quadros, as esculturas e o terraço.
   Estava quente aquela manhã. Eles criaram uma rede branca e larga, de varanda e nela se deitaram para descansar e recuperar as energias que haviam gasto na criação da casa.
   Ela apertou um botão na pulseira em forma de relogio, com numeros e letras, que eles usavam no pulso esquerdo. Pouco depois uma pequena maquina voadora pousou no terraço e ficou parada esperando que eles acordassem.
   O sol esquentou e começou a incomodar. Ela crou um toldo de lona, que deu sombra e voltou a dormir sempre abraçada com ele. O dia passou e à tardinha eles acordaaram. Ele criou com o barulho da cachoeira uma musica alegre. Ela dançou para ele. Ele dançou para ela.
   Ela abriu a maquina voadora e tirou uma comida variada e deliciosa, feita de cereais integrais, legumes e verduras. Eles comeram e depois beberam uma xicara de chá mu com ginzeng. Entraram no quarto, deitram cada um em seu coxim e dormiram até o dia nascer.
   Os passarinhos pouaram no terraço cantando para a madrugada. No rio os peixes saltavam e nas arvores das ribas macacos pulavam de galho em galho. Os bichos de quatro pernas corriam no chão e nas areias as aves pernaltas.
   Ele se ajoelhou diante dela adorando o espirito dela.
   Ela se ajoelhou diante dele adorando o espirito dele.
   Fecharam os olhos e permaneceram ajoelhados, um em frente ao outro, o dia inteiro naquela adoração. À noitinha abriram os olhos quando ouviram o canto dos passarinhos despedindo-se do sol.
   Ele tomou-a nos braços e levou-a para o terraço. Viram o sol se esconder atrás das arvores. Ela despachou a maquina voadora e pediu outra que não tardou a chegar. Eles comeram novos manjares variados, sempre feitos com cereais integrais, legumes e verduras. Enquanto ela tornava a colocar na maquin os pratos vazios, ele foi ao banheiro. Quando ele saiu foi a vez dela. Depois eles se deitaram cada qual no seu coxim e dormiram até a aurora.
   Sentaram-se em posição de lotus, um em frente ao outro e ficaram e comtemplando de olhos abertos, as pupilas nas mpupilas, os rostos extamente um em frente ao outro. Estavam se vendo e sentiram muito gosto nisso. Assim permaneceram´até o crepusculo se adorando quando pediram novamente comida e seguiram a rotina do dia anterior.
   Quando acordaram sentaram-se frente um do outro sobre os coxins seadorando de corpo e alma. Ela pensou nos olhos dele e ao mesmo tempo sentiu prazer em descansar seus olhos dentro dos dele.
   Ele ficou pensando nos olhos dela e sentindo prazer em olhar dentro dea.
   Seus pensamentos se fundiram, ele sentiu que era ela, ela sentiu que era ele e muito comprazeram e muitas delicias novas lhes foram reveladas . Cada parte do corpo dele, cada parte do corpo dela vibrava de mistico prazer atingido pelos pensamentos e por isso permaneceram cada um no seu coxim naquela fusão de almas durante muitos dias e muitas noites.
   Acordaram uma madrugada e viram encantados que do corpo dela saiam raios luminosos que iam circular no corpo dele e o corpo dele tambem emitia raios luminosos que a abraçavam e a aqueciam.
   Eles não sentiram nem fome e nem sede. Estavam contentes, não precisavam de nada . Mas, quando se olharam novamente e se redescobriram no mundo fisico ele disse para ela com a boca da mente :
   – Como voce é linda ! .
   Ela olhou dentro dos olhos dele e depois olhou todo o corpo dele e respondeu em telepatia :
   – Como voce é lindo !.
   Então, seus corpos que estiveram tanto tempo separados, cada um no se coxim, se uniram um contra o outro na fome do encontro.
   Ele beijou os cabelos dela que emitiam faiscas, ela beijou os cabelos dele e por muitas horas permaneceram beijando um ao outro, provando nos labios a forma de cada dedo, de cada pedaço de pele. Tanto para um como para o outro era a realização do conhecimento.
   Assim praticaram e xistiram sentindo nos pormenores de seus corpos fundidos o enleio dos nervos, dos ossos, dos musculos, das glandulas e dos cerebros. Sabiam e provaram.
   Exultavam de corpo e alma e de pensamentos.
   Não estavam mais presos às leis de contensão Agora seus corpos levitavam e seus espiritos projetaram-se no cosmos. Eram eles mesmos e eram tudo no grande ritual de adoraçãoà vida e à criação.
   Era a agua da cachoeira gozando despencar-se lá em baixo, era a alegria dos peixes nadando, era o prazer da grama nascendo, da pedra sendo, dos seres humanos, do planeta terra, era a lua, as estrelas, o universo.
   Aquele extase inefavel durou muitos dias e muitas noites.
   Acordaram realizados, integrais em si e no mundo e rodeados de amor.
   Todos os bichos daquelas ribas haviam entrado na casa para adora-ls e ali os cercavam quietos, silenciosos, na forçapartilhada  do amor divino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   

Sobre Umberto Seraphini

Caminho como um lobo solitário, se me dou, é porque encontro em ti um lobo igual.
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